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OAB ratifica defesa da advocacia pública em encontro de presidentes na seccional paulista

OAB ratifica defesa da advocacia pública em encontro de presidentes na seccional paulista

Discussões em torno do aprimoramento e da defesa da advocacia pública pautaram o primeiro encontro de presidentes das comissões e de representantes da categoria, promovido pela OAB Nacional em conjunto com a OAB São Paulo e outras seccionais na segunda-feira (9). Realizado na sede institucional da seccional paulista, o evento tratou de temas caros aos advogados públicos, como prerrogativas profissionais, equilíbrio federativo e honorários sucumbenciais. Entrou no debate o trabalho realizado pelo Conselho Federal nas ações movidas pela Procuradoria-Geral da República, no Supremo Tribunal Federal, questionando o pagamento de honorários. A reunião resultou na elaboração da Carta de São Paulo, que pode ser lida na íntegra abaixo.Na abertura dos trabalhos, o presidente da OAB-SP, Caio Augusto Silva dos Santos, acentuou a valorização da advocacia pública no cumprimento de suas funções, como órgão fiscalizador e de controle jurídico dos Estados. O líder da advocacia paulista também avaliou sua importância na atuação em diversos assuntos tais como saúde, licitações, políticas públicas e combate à corrupção. “Haverá espaços para que o governo possa ter os seus encaminhamentos, com suas funções de assessoria, o que é legítimo no nosso sistema constitucional. Mas jamais poderá pretender fazer com que as procuradorias, que servem ao cidadão, se curvem a qualquer vontade individual dos políticos de plantão”, pontuou.O presidente da Comissão Nacional de Advocacia Pública, Marcello Terto e Silva, ressaltou que a advocacia pública está ganhando território. Para embasar sua argumentação, destacou que não existia Comissão temática em várias seccionais. “Hoje, há esse cuidado, de ter comissão específica, por parte da Ordem, o que permite maior identificação com a entidade”, disse. Em sua avaliação, a Lei Orgânica Nacional da Advocacia Pública é o Estatuto da OAB, de onde se preserva a independência profissional. “É de onde se extrai toda essa força que a advocacia pública tem para orientar as políticas públicas em favor do bem da sociedade e da cidadania”, avaliou.Artilharia pesadaA presidente do grupo de trabalho da OAB-SP, Patrícia Helena Massa, acrescentou que o ponto crucial do encontro se deu em razão do que chamou de “artilharia pesada” que está sendo lançada contra os profissionais que atuam na área. A advogada enfatizou que, sem receber, não há advogado que sobreviva. “Esse ataque, de retirada dos honorários advocatícios, é uma tentativa de nos enfraquecer”, apontou, direcionando para as Ações Diretas de Inconstitucionalidade ajuizadas pela Procuradoria-Geral da República no STF. Nas ADIs, a Procuradoria-Geral alega que “pagamento de honorários de sucumbência representa remuneração adicional pelo trabalho ordinário já realizado por esses servidores”.Presidente do Colégio Nacional de Procuradores-Gerais, Rodrigo Maia Rocha, defendeu o fortalecimento institucional como possibilidade de gerar novas oportunidades. Em sua avaliação, o momento exige atuações de forma ordenada para resistir às tentativas de enfraquecimento das instituições públicas, ressaltando as dificuldades adicionais enfrentadas pelos advogados: “Não temos o mesmo apelo popular de outras carreiras, como Ministério Público e Defensoria”.Para o presidente da Associação dos Procuradores do Estado de São Paulo, Marcos Nusdeo, é preciso encontrar um modelo de distribuição mais adequado, uma vez que os municípios e estados tratam as verbas honorárias de formas desiguais. “A questão só pode ser tratada por lei e aí depende dos governadores e prefeitos”, afirmou. A mesa de trabalhos foi composta ainda por Cláudio Henrique Ribeiro Dias, procurador do Estado de São Paulo; Marcelino Rodrigues, presidente da Associação Nacional da Advocacia Pública Federal; Telmo Lemos Filho, presidente da Associação Nacional do Estado e Distrito Federal (Anape), Cristiano Reis Giuliani, presidente da Associação Nacional dos Procuradores Municipais; Roberto Rodrigues de Oliveira, vice-presidente do Sindicato dos procuradores da Fazenda Nacional; e André Almeida Garcia, diretor da Associação dos Advogados de São Paulo.Confira aqui a Carta de São Paulo, com os encaminhamentos do EncontroPela Assessoria de Imprensa da OAB-SP
Fonte: OAB – OAB ratifica defesa da advocacia pública em encontro de presidentes na seccional paulista

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